A Escola Municipal Azevedo Sodré foi
inaugurada em 27 de março de 1925, durante a administração do Prefeito do
Distrito Federal, Alaor Prata. Em dezembro de 2000, foi Tombada pelo Patrimônio
Público Municipal.
Escola Azevedo Sodré em 1926 – (Foto de Augusto Malta)
Escola Azevedo Sodré – 2012 (Arquivo Pessoal)
Nossa Escola localiza-se no bairro da Praça
da Bandeira, região da Grande Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Por estar
em uma região central, a Escola recebe alunos de vários bairros próximos.
A
seguir, um pouco da história dos bairros que compõem o entorno da E.M. Azevedo
Sodré:
PRAÇA DA BANDEIRA
Em 1853, exatamente no local onde hoje está a Praça
da Bandeira, foi construído o antigo Matadouro da Cidade. Evoluindo em volta do
matadouro público, a Praça, conhecida inicialmente como Largo do Matadouro,
tornou-se o centro de gravidade para o crescimento das cercanias. Nela passava
o caminho para São Cristóvão.
Foi urbanizada no início do século XX, após
transferência do Matadouro, em 1881, para Santa Cruz. Outro fator que
impulsionou a evolução do bairro foi a proximidade com os bairros do Estácio e
Cidade Nova, dois bairros centrais que sofreram acentuada ocupação a partir da
chegada de D. João VI.
A construção da Avenida Radial Oeste (atual Oswaldo
Aranha) e do Trevo das Forças Armadas alterou a área nas décadas de 1960/1970,
assim como a abertura do Metrô. A antiga estação Lauro Muller da Supervia,
passou a denominar-se estação Praça da Bandeira.
1904
1922
Atualmente
TIJUCA
A palavra “Tijuca” significa “vereda” ou
“caminho que liga o mar”. É um nome com origem na língua tupi = "água podre", de
ty("água") e îuk ("podre"), referência à região da Lagoa da
Tijuca, que possuía muito mangue e água parada e que está separada do atual
bairro da Tijuca pelo Maciço da Tijuca. O bairro da Tijuca ficava no caminho
para a Lagoa da Tijuca, razão pela qual acabou por adquirir o nome dessa lagoa.
Logo após a
vitória dos portugueses sobre os franceses no episódio da França Antártica, em
1565, a região do atual bairro da Tijuca foi ocupada pelos padres jesuítas,
que, nela, instalaram imensas fazendas dedicadas ao cultivo da cana-de-açúcar.
Nessa época, foi construída uma capela dedicada a São Francisco Xavier que deu
o nome à fazenda dos jesuítas mais próxima do Centro da cidade: a Fazenda de
São Francisco Xavier. Em 1759, com a expulsão dos jesuítas do Brasil pelo
Marquês de Pombal, as suas fazendas foram vendidas a centenas de novos
sitiantes.
A região passou
a caracterizar-se pelas suas chácaras e, a partir do século XX, passou a ser um
bairro tipicamente urbano. Ainda assim, possui a terceira maior floresta urbana
do mundo, a Floresta da Tijuca, plantada por determinação de Dom Pedro II na
segunda metade do século XIX pelo major Archer em terras de café
desapropriadas, para combater a falta de água que se instalara na então capital
do império. Trata-se de uma floresta secundária, uma vez que é fruto de um
replantio, compreendendo espécies que não são nativas da mata atlântica, a
cobertura vegetal original.
Data de 1859 até
1866 o funcionamento pioneiro da primeira linha de transporte em veículos sobre
trilhos no Rio de Janeiro, com tração animal, anterior ao bonde elétrico,
ligando o Largo do Rocio (a atual Praça Tiradentes) ao Alto da Boa Vista.
A Tijuca é um dos maiores bairros do Rio de
Janeiro.
Praça Saenz Peña - 1940
Anos 70
RIO
COMPRIDO
O seu nome decorre do rio que nasce na Floresta da Tijuca, que percorre
o bairro e que desagua na Baía da Guanabara – o Rio Comprido. No século XVII,
neste vale fluvial, era plantada a cana-de-açúcar e o açúcar produzido era
escoado por um trapiche em embarcações que o conduziam até à baía e ao porto do
Rio de Janeiro.
O principal logradouro do bairro era a Avenida Rio Comprido (atual Av.
Paulo de Frontin), com uma extensão de 1.600 metros, aberta em 1919, na gestão
do prefeito Paulo de Frontin à época do governo do presidente Delfim Moreira.
No Largo do Rio Comprido ficava o Solar do Conde de
Estrela e em suas terras foi aberta a Rua da Estrela. A chácara mais famosa do
Bairro era a Casa do Bispo, sua mais longa rua era a Rua Bela Vista, que depois
recebeu o nome de Rua Barão de Itapagipe, em homenagem ao Marechal Francisco
Cabral Xavier da Silva, português de nascimento e que possuía uma chácara nesta
rua. A chácara de Haddock Lobo ficava entre a Rua da Estrela e o trecho inicial
da Rua Barão de Itapagipe.
A Casa
do Bispo, que fica na Avenida Paulo de Frontin foi uma das mais belas e
nobres residências rurais de todo o Brasil. Sua construção, do início do século
XVIII é atribuída ao engenheiro José Fernando Pinto Alpoim. Foi construída para
o segundo Bispo do Rio: D. Frei Francisco de São Jerônimo, em terras que
pertenciam à Sesmaria dos Jesuítas, na Fazenda do Rio Comprido pertencente ao
Reitor do Colégio da Companhia, para servir de casa de campo e chácara para
recreio do Bispo.
Depois de passar por várias mãos, em 1765, foi
adquirida por Francisco Xavier de Carvalho que a doou ao sexto Bispo da Cidade:
Frei Antonio do Desterro. A casa foi legada pelo Bispo ao Bispado da cidade,
que em 1873 ali instalou o seu Seminário Maior.
A partir de 1891 e até poucos anos atrás, nela
funcionou o Seminário São José. A casa foi tombada pelo Patrimônio Histórico em
1938; em 1980 foi restaurada e hoje pertence à Fundação Roberto Marinho e está sendo utilizada como espaço
de arte.
A Avenida
Paulo de Frontin já foi uma rua de casas imponentes e belas residências, mas desvalorizou-se com a construção do Viaduto Paulo de Frontin, que passa pelo seu centro e em toda a sua extensão,
dando acesso ao Túnel Rebouças – ligação da Zona Norte (Rio Comprido) à Zona
Sul (Lagoa).
Avenida Paulo de Frontin - Anos 20
Casa do Bispo - 1817
CATUMBI
Catumbi era um rio nascido em Santa Teresa, em torno
do qual nasceu um Bairro típico de ricos proprietários de terras e escravos.
Nele foi instalado o primeiro cemitério brasileiro a céu aberto, destinado a não
indigentes, da Irmandade de São Francisco de Paula. O Catumbi e o Rio Comprido
se comunicavam pela estrada do Catumbi, hoje Rua Itapiru, nome que recebeu
depois do combate na Guerra do Paraguai (no qual perdeu a vida) o Coronel
Villagran Cabrita.
Anos 50
ESTÁCIO
Desde o Século XVIII, o caminho que se tinha
para ir do Centro da cidade para São Cristóvão e para o Andaraí Pequeno, era
através da Rua Matacavalos, atual Rua do Riachuelo, passando pela Estrada de
Mata-Porcos, hoje Rua Frei Caneca, que terminava no Bairro de Mata-Porcos, que
é o atual Largo do Estácio, onde a estrada se bifurcava. Neste Largo começava o
Caminho do Engenho Velho, atual Rua Haddock Lobo. Desde esta época já existia
no local a Igreja do Divino Espírito Santo, que lá se encontra até hoje. O bairro
abriga ainda a Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro.
Com o
progresso trazido pela linha do Metrô no último quarto do século XX, este
bairro foi integrado ao calendário de eventos da cidade, com a construção do Sambódromo (antiga
Rua Marquês de Sapucaí) e parte expressiva de seus antigos cortiços foi
demolida para dar lugar à moderna Cidade Nova, com
o Centro Administrativo São Sebastião (sede da Prefeitura do Município do Rio
de Janeiro) e do Teleporto do Rio de Janeiro, servidos pela estação Estácio, do
metrô.
Bairro tradicional, tem importância cultural
por estar associado às origens do samba. Foi cantado nos versos
de Noel Rosa e de outros
compositores de primeira grandeza da música popular brasileira. É conhecido como o Berço do
Samba, por ter visto nascer a Primeira Escola de Samba, em 1928, a “Deixa Falar”, fundada por Ismael Silva. Abriga a Escola de Samba Estácio de Sá, que já foi campeã do carnaval carioca.
O seu nome é uma homenagem
ao fundador da cidade, Estácio de Sá.
Bairro de Mata-Porcos (1917) - Igreja do Divino Espírito Santo
Largo do Estácio - Anos 40
Escola de Samba "Deixa Falar" - 1928
Estação do Metrô (Cidade Nova, ao fundo)
Fontes:
“O
Rio de Antigamente” http://oriodeantigamente.blogspot.com/2011/01/praca-da-bandeira.html
“Tijuca – os bairros da Grande Tijuca” http://www.marcillio.com/rio/entigrt2.htm
“Rio
de Janeiro Aqui” http://www.riodejaneiroaqui.com/index.html
“Wikipédia”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1cio_(bairro_do_Rio_de_Janeiro)
“Armazém de Dados do Rio” http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/arquivos/95_notas%20t%C3%A9cnicas%20do%20plano%20estrat%C3%A9gico%20n%C2%BA%208%20e%209.PDF
Figuras ilustres que estudaram na Azevedo Sodré:
"Tim Maia"
Sebastião Rodrigues Maia (1942-1998)
"Jorge Ben Jor"
Jorge Duílio Lima Meneses (1945)
Bem que o Jorge Ben Jor poderia nos fazer uma visitinha e um showzinho particular...
ResponderExcluirprof Eliane
Gostaria de fazer um comentário, procurei no Facebook algo sobre a escola e não sei se não soube procurar mas não achei nada , enfim, estudei nesta escola maravilhosa quando criança e tenho muitas saudades, moro no Paraná e sou Historiadora, inclusive se não for causar problemas peguei alguns dados neste site para divulgar a História, até tenho fotos rsrsrsr. http://www.facebook.com/EscolaMunicipalAzevedoSodreRioDeJaneiro
ResponderExcluirEu também estudei muito bom lembro das pessoas que moravam lá glades marli.pessoas boas saudades da prof.sonia de todos aprendi muito nessa escola.
ExcluirAchei uma fota de 1932 da minha avó Heloísa Leal que foi professora
ExcluirEu também estudei sou filho da merendeira D.Maria.tenho ótimas lembranças era um colégio ótimo,nasci e fui criado na casa de n 332. Tempo bom!!!!
ResponderExcluirEu também estudei sou filho da merendeira D.Maria.tenho ótimas lembranças era um colégio ótimo,nasci e fui criado na casa de n 332. Tempo bom!!!!
ResponderExcluirEu também estudei sou filho da merendeira D.Maria.tenho ótimas lembranças era um colégio ótimo,nasci e fui criado na casa de n 332. Tempo bom!!!!
ResponderExcluirEstudei 1985 ate 1989 meu nome hidelberto Tavares da silva muita saudades
ResponderExcluirMeu nome é Jorge Luís Veiga. Estudei no Azevedo Sodré entre 1965 e 1969. Fui aluno da professora Marina Paulini Valente e da professora Aristeia, quando a Diretora era a dona Maria da Penha. Das merendeiras só lembro o nome da dona Zezé. Foram meus colegas, entre muitos outros, que infelizmente não recordo os nomes: Hortência, Maria Emília, Maria Cândida, Pedrinho, Regina Célia, Lucinha, Reinaldo, Rui.
ResponderExcluirGostaria de saber da ficha do aluno Tim maia,haveria como conseguir?gratidão
ResponderExcluirEstudei do Jardim até a 2ª série. Minha professora era a Tia Odette, acho q foi em 1976, 1977...se tiver alguém daquela época...
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